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Mito, o sonho da alma do mundo

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Ronaldo Castro de Lima Júnior

Natural do Recife (PE) e nascido em 1964, Ronaldo Castro de Lima Júnior é Bacharel em Relações Internacionais pela Estácio de Sá - PE.

Autor do artigo científico "Ciência ou Política? As duas dimensões do Movimento Ambientalista Global", pela Estácio de Sá - PE

Estudante de filosofia na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, no Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho e de Astrologia Tradicional, na Academia Castor & Pólux, Recife - PE, Ronaldo Castro de Lima Júnior vem se dedicando ao simbolismo das antigas metafísicas e da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung. É autor do livro "Saber do Céu: Contribuições para a Astrologia Tradicional" (Editora Bagaço, 1996).e "Ideias inoportunas" (Astra Editora, 2025).

Mito, o sonho da alma do mundo | Ronaldo Castro de Lima Júnior

IMPRESSÃO SOB DEMANDA (30 DIAS PARA ENVIO)

Paginação da obra (clique aqui) 

Recife: Astra Editora, 2024.

226 págs. 160 x 230 mm

ISBN:978-65-01-45336-1

Edição de luxo, todo ilustrado em papel couchê.


As narrativas míticas que apresentaremos serão baseadas em várias versões de diversos autores e poetas gregos, desde as obras Catasterismos e Constelações do Zodíaco de Eratóstenes até as obras dos mais renomados mitólogos modernos como Joseph Campbell, Junito de Souza Brandão, Thomas Bulfinch dentre outros. Embora o mito constitua um fenômeno complexo e é objeto de ciências muito diversas (filosofia, teoria da arte, antropologia, psicologia, etnologia, ciências comparadas das religiões, entre outras), aqui nós apresentaremos a narrativa clássica dos mitos à luz da interpretação do filósofo George Gusdorf, segundo o qual, “Os mitos dos primitivos eram uma metafísica antes da metafísica, uma Metafísica Primeira, perfeitamente adaptada às demandas de um momento da consciência humana”. Essa perspectiva será analisada em conjunto com as teorias filosóficas dos perenialistas sobre a essência do mito e do símbolo, os estudos dos arquétipos da Psicologia Analítica de Carl Jung, e o simbolismo da Tradição Astrológica


Prefácio de Ângelo Monteiro

A linguagem do mito

Mito, o sonho da alma do mundo, de Ronaldo Castro de Lima Júnior, é resultado de um profundo acordo entre a expressão literária e o discurso filosófico, trazendo ainda, na plasticidade de sua linguagem, as nuvens brancas do sonho e as estrelas radiantes do deslumbramento com as descobertas renovadas do encontro para o dizer de todas as coisas.

A importância de livros dessa categoria reside, sobretudo, em sua silenciosa distância de uma atmosfera intelectual em que todas as coisas são neutras, quando não traduzidas ou reduzidas a uma única linguagem, caracterizada pela uniformidade ou por uma sempre esperada e cansada repetição.

Dominando como poucos o conhecimento da astrologia, nunca a transformou num nicho de estereótipos de falso misticismo nem também nunca lhe faltou a necessária coragem de afirmar que “A busca do universal na ciência é a busca das leis, enquanto, na religião, a busca do infinito e do absoluto toma dimensões últimas com toda a força psíquica e espiritual que lhe é própria. Na ciência astrológica, o universal não é mero epifenômeno da infinitude do espaço, mas se apresenta na própria possibilidade de se ler uma coisa em outra; na correspondência entre o infinito e o finito, entre o céu e a terra ou Urano e Gaia”.

Ronaldo Castro, em momento algum, abandona a necessária cautela ao constatar que a história do mito não deixa de apresentar certa semelhança com os mitos da própria História. Guardando distância tanto do repetitivo repertório positivista quanto das promessas balofas de uma iluminada Nova Era, afirma com segurança: “Nem mesmo na ciência podemos prescindir de conceitos metafísicos: o que é o ponto na geometria senão a figura geométrica (sem forma nem tamanho nem dimensão) que dá forma a todas as outras?”.

Portanto, a redução das coisas mais à matéria que à energia leva-nos mais às sombras que à presença luminosa que delas se irradia, fazendo do materialismo a tônica dominante, sobretudo nos estudos sociais inspirados pela ainda rediviva ideologia marxista.

A relação entre a mitologia e a astrologia nos demonstra que existe uma sincronia entre as ideias e as coisas, podendo se realizar ou traduzir em diversas linguagens.

Por isso a história dos mitos, como nos demonstra tão bem o autor de Mito, o sonho da alma do mundo não se divorcia, em momento algum, de uma relação sincrônica ou diacrônica com os movimentos contínuos da História, como bem demonstrado num dos capítulos fundamentais do seu livro, intitulado Eros e Psiquê, que nos fala da eterna luta entre o consciente e o inconsciente, sem que jamais cheguem a um acordo definitivo.

Em Mito, os signos zodiacais assumem configurações mais ricas de significado e, em Eros e Psiquê, vemos o papel essencial do mito enquanto ressonância eterna da alma do mundo.

Dessa forma, o presente livro de Ronaldo Castro de Lima Júnior se torna também um livro do presente enquanto súmula de todos os mitos e breviário das nossas mais sonhadas bem-aventuranças.

Ângelo Monteiro